terça-feira, 13 de setembro de 2011

Começando pelo fim


Estamos no final do quinto século da era cristã - Inglaterra – Monte Badon. A batalha final entre Arthur e Mordred.
O fervoroso rei cristão de Camelot adorador da cruz acabara de matar o pagão da ilha de Avalon: Mordred, seu próprio filho.
O monte está coberto pelos corpos de guerreiros que jazem com seus olhos arregalados, corpos mutilados, em poças de sangue.
O Barqueiro, entidade mítica que recolhe os corpos dos mortos em batalha, chega ao monte e passeia sobre os corpos estalando os ossos quando os pisoteia.
Ao iniciar seu trabalho avista um único sobrevivente que, ajoelhado ao lado de um dos corpos, lamenta suas perdas.
Vem então à mente do Barqueiro uma pergunta paradoxal: como é possível estar-se sozinho naquele local com tantas pessoas ao redor.
A pessoa então se vira pergunta ao Barqueiro (que sempre se acostumou a conduzir), se este aceitaria ser conduzido por todos os eventos que culminaram naquele momento.
É pelos olhos do barqueiro que vamos conhecer os Contos de Avalon.
Mas quem é então essa única personagem que sobrou na história e que conduz o barqueiro?
E por que o Barqueiro, acostumado com o ofício de recolher os mortos, se permitiu romper seu silêncio, interagir com os vivos e vivenciar a história daqueles que ele logo recolheria as almas para o outro mundo.
É essa história que viveremos a partir deste momento.


 

TALES OF AVALON (CONTOS DE AVALON)


Bones, bones, sound of cracking bones
(ossos, ossos, sons de ossos se partindo)
Dead eyes look at me
(os olhos mortos me encaram)
A rotten smell of dead bodies raises up to the sky
(e o cheiro pútrido dos cadáveres se eleva ao céu)


Brimstone, the smell of Death tone
(é o enxofre, o cheiro da morte)
I see she waves for them
(eu a vejo acenar para eles)
And ends a tales to be told
(e encerrar uma história a ser contada)
For me, the Avalon eyes
(por mim, os olhos de Avalon)


Time stood still upon this blood red hill
(o tempo parou neste monte sangrento)
Where brave men came to fight and to die
(onde os bravos vieram para lutar e morrer)
Some fight for a cross that hangs a Nazarene
(alguns combatiam por uma cruz com um Nazareno)
Against what they faithfully call heathendom
(contra tudo que era pagão)
With fire and stell they've sealed their destiny
(a ferro e fogo selaram seu destino)
Down in the sands, right up here
(nas areias deste monte)
They had made a choice, the choice had a name
(fizeram sua esolha e lhe deram um nome)
The name of wrath
(o nome do ódio)


I see the Druids lips being sawn without a cry
(eu ví os lábios dos Druidas serem costurados sem um único gemido)
Earth drinks the blood of lambs in bloodshed sacrifice
(ví a terra beber o sangue de inocentes em rituais sangrentos)


"How come I am alone with so many bodies by my side?"
("como posso estar tão sozinha com tantos ao meu redor?")


I still can hear their prayers and pass on through my eyes
(ainda posso ouvi-los orar e passa diante de mim)
The way they were embraced by the war
(como se deixaram envolver pela guerra)
Some hate the sign of cross, I see while they call Caeridien*
(como odeiam a cruz, como chamam por Caeridien*)
I see that someone runs to Avalon
(como fugiam para Avalon)
In the heart believe the faith will live again
(no fundo acreditava que a fé sobreviveria)
"Christ's no power over here, the Stug will survive 
("Cristo não tem vez aqui, o Gamo prevalecerá)
and we'll live it all again in the same old wild"
(e viveremos livre novamente na velha floresta")


But now they are all dead
(agora todos estão mortos)
She is lonely, left to live
(só ela sobrou pra contar)
She knows there's no return
(e ela não tem para onde ir)
She's lost into the night
(ela ficará perdida na noite)


They came to the mountain to die
(eles vieram para essa montanha para morrer)
Their deed resumed to dust of war
(e seus atos virarão pó de guerra)
That will disapear eternaly
(que desaparecerá eternamente)


I'll live it all again
(Mas eu viverei esse conto de novo)
Listen, they belong to Thee Lady Death
(veja, eles pertencem a tí oh Senhora)
But through my eyes, won't you come?
(senão pelos meus olhos, tu não vens?)


Avalon, won't let the time forget your name
(Avalon, não deixarei que o tempo esqueça teu nome)
Avalon, just give me strenght to tell your tale
(Avalon, dê-me forças para contar tua história)

domingo, 11 de setembro de 2011

Contos de Avalon

Começando a cantar o The Lament
Com o advento da segunda parte do Tales of Avalon, o The Lament, eu me vi tendo que explicar para várias pessoas o que era esse tal de "Tales of Avalon", o que é Avalon, quem foi Arthur, Morgana, Mordred, do que fala a história nos dois discos do Dark Avenger e onde podem ler mais sobre a história e as letras do Tales of Avalon.

Então eu resolvi escrever sobre como nasceu a versão Dark Avenger dos Contos de Avalon.

O ano era 1996; eu acabara de ler "As Brumas de Avalon" da escritora Marion Zimmer Bradley e fiquei fascinado com a história e com a forma com a qual ela transmitiu o sentimento de cada personagem, principalmente os caracteres femininos. O que mais me chamou a atenção ao longo de toda a história foi a intemporalidade desses sentimentos e a intensidade imprimida pelas personagens a cada situação ou ambiente da narrativa.

Resolvi então pesquisar, ler mais sobre toda a atmosfera arturiana. Descobrí então que Marion Z. Bradley era apenas uma entre dezenas de outros autores que abordaram o universo Arturiano. Alguns enfocaram a visão feminina dos contos de Avalon, como foi o caso de "As Brumas" outros abordaram a visão masculina da história como a "As Crônicas de Artur" de Bernard Cornwell, outros focavam em um único personagem como "O Retorno de Merlim" de Deepak Chopra (original em inglês) cujo personagem central é o mago e bardo Merlim, "Mordred a Tragedy" de Henry Newbolt que foca sua história em Mordred, o filho bastardo de Arthur ou Sir Thoma Mallory e seu livro La Mort D'Arthur (original francês) cujo personagem central é o próprio Arthur.

Mas quem é, ou melhor, quem foi Arthur?

Não há um concenso da real existência do general Arthur. Todos os autores que falaram sobre o tema beberam da fonte de Geoffrey of Monmouth (1100 – c. 1155) e seus livros "Historia Regum Britanniae" e "Vita Merlini". Sabe-se porém, que este tomou como referência os escritos do frei  Gildas Sapien que em seus escritos em latim "De Excidio et Conquestu Britanniae" relatou as grandes façanhas de um general Arturi.

Coube aos autores contemporâneos que eu citei anteriormente, entre outros, criar todos os demais personagens e lendas que povoaram de vez o imaginário e os valores de Arthur, Camelot e Avalon.

E como fica os contos de Avalon na versão do Dark Avenger?


Bem, nós juntamos tudo... quer dizer... quase tudo.


Pegamos personagens que existem em todos os livros e outros que só existem em um ou outro livro e fizemos um grande caldeirão de sentimentos, pois é disso que o Tales Of Avalon é feito: SENTIMENTOS.


Nenhuma história é contada nos nossos discos uma vez que já foram tão bem narradas por esses excelentes autores.


Ao invés, nós juntamos todos esses personagens e resolvemos cantar em nossas músicas os sentimentos envolvidos naquele determinado momento, determinada cena.


O ouvinte vai poder sentir todo o ódio de Morgana ao ser rejeitada pelo irmão que a engravidou, vai poder vivenciar todo o amor de Arthur por Gwenwifar quando esta o faz jurar amor eterno, vai vizualizar a dor dos Pequenos (Little como os Celtas eram chamados) ao serem conquistados pelos romanos, e vibrar com a alegria de Arthur ao conquistar Caladvwch (Excalibur) pela primeira vez.

Amor, ódio, rancor, paixão, honra, compaixão, etc. É o que pretendemos trazer para vocês: um caldeirão de sentimentos.


A obra está dividida em duas partes: O Terror e o Lamento.


O Tales Of Avalon - The Terror foi lançado em 2001 e conta com 14 músicas. O The Lament será lançado nos próximos meses.


A partir do próximo post eu trarei música à música do The Terror, letras, explicações, mp3.


Vamos viajar junto nesse universo de emoções que nos aproximam e nos tornam humanos.


Espero contar com a participação de vocês.

Um abraço,


Mário Linhares

Foto by: Desirée Galeotti

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Agora o bicho vai pegar!!!


Dark Avenger 2011 - Leonel Valdez, Mario Linhares, Tito Falaschi, Ian Bemolator e Kayo John

Estamos no estúdio Rossom (DF) e hoje finaliza-se mais uma etapa da produção do álbum "The Lament".

As gravações terminaram e posso garantir que todos, banda e equipe de produção, estamos muito felizes e emocionados com os resultados.

Cada detalhe nas composições (arranjos, timbres, solos, riffs, letras, corais, etc) e gravações contou com o talento, sensibilidade e trabalho árduo de cada pessoa envolvida nessa produção, objetivando garantir ao publico e aos nossos leais e queridos fãs um trabalho arrasador.

A todos vocês da produção o meu mais profundo agradecimento pelo alto nível de excelência profissional e pelo trabalho incansável para se alcançar um objetivo. Foi uma honra compartilhar cada momento e cada vitória com vocês. Parabéns!!!

Outra grande notícia: Tito Falaschi (Illustria, ex-Symbols) e Ian Bemolator foram definidos como membros efetivos para o baixo e guitarra do Dark Avenger respectivamente, fechando assim o line-up da banda.



Conferindo o resultado da produção no Estúdio Rosson (DF)


Em outubro estaremos em Alto Paraiso (GO) gravando o videoclipe da música "Knight On The Hill".

Continue acessando o blog para mais informações.

Grande abraço a todos e muito obrigado pelo carinho de sempre.

Fotos: Desirée Galeotti

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Just for the record

Este é um post curto, o suficiente apenas para me desculpar com vocês pela demora nas atualizações.

Em breve trarei novas e excelentes notícias sobre tudo que está acontecendo nas gravações do Tales Of Avalon - The Lament.

Por enquanto o que posso dizer é que tudo está dando  certo e que estamos muito felizes com os resultados.

Um abraço a todos que torcem por este trabalho.

Mario Linhares